
Aravilha - LIzaldo Vieira
Data 13/02/2013 11:23:07 | Tópico: Poemas
| Aravilha – Lizaldo Vieira Porque acordar cedinho Beliscar os primeiros raios Selar os pés de chinelo havaianos Seguir nas trilhas vicinais A caminho do mar Da orla afrodisíaca Ver a colina de santo Antônio Conferir aquele dezessete de março O mais sábio dos atos Minha bússola vem das lavandeiras Dos bem-te-vis Altaneiros e protetores dos verdes manguezais Em linha reta Saindo do oeste Todos os caminhos Leva-nos ao beijo do sol Apanhar as ondas preguiçosas Donde parece que rezadeiras e sereias Surgiram com véus brancos Lá das profundezas mais tenebrosas Para amansar a suave brisa Que livre e tranquila Vive a se derramar Continente adentro Topônimo Aracaju Deve ser coisa de índio Expressão Tupy Ará acaiú" Se é verdade Que este chão É cajueiro das araras Dos papagaios Ah! meu caju Suco forte Fruto do cajueiro De a avenida beira amar Quão bom e gosto É teu cheiro Cheiro de flor amor Cheiro da polpa Cheiro do doce perfume natural . Cheiro de amor Que vem de longe Dos quintais enfeitados Por frutos da pele vermelha Verdes e amarelas Aqui tinha muita arara e muito caju Araju Aragipe Aratu Difícil é não gostar De tu Parece antenada com o universo Aeroporto bem perto Ciclovias Ferrovias Avenidas estreitas Aracaju de tototó No rio Sergipe Bairros pobres e nobres Feirinhas das oficinas Mercado talas Ferraz Localidades bucólicas Do bem diferente Povo moreno Bonito Rosto arredondado Atencioso Riso miúdo Fala mansa Gente atenta Tem o meu time Sergipe O maior e melhor do estado E também o dragão do Bairro É um sonho Viver aqui É doce Ser capital mais tranquila do Brasil Só você pode Existe Meu doce de araça Melhor lugar de viver E morar Num cantinho do mar
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