
No apogeu do vinagre e das cinzas - LIzaldo Vieira
Data 12/02/2013 15:35:11 | Tópico: Poemas
| Apogeu do vinagre e cinzas - . Lizaldo Vieira No inicio Nada de reclamações Marezsia Parece mais primavera em flores Fartura de amor Viver meu pecado sem limite Dançando Bebendo Pulando frevo Sem medo E sem segredos Vendendo beijos Suado Esacndalosos Safados Barato Feito tapioca e banana na feira De Carira Tudo festa Quanto mais largadinho Melhor Até a lua nova se deita mais tarde As meninas de aju Fogosas que só Semeam fogo de amor No nanco da praça Muito convite pro xamego Quem não gosta Desfile de sereia seminua Na praia de atalaia No boco dos cocos Um temporal de flores do sol Chegam com o banho de mar Chicletança na quebrança Que o mengo vai ser campeão Trabalho Compromissos A cuca refrescar de vez Que se dano o aumento de combustíves Da farinha e do sal Os cambaus Pra fora daqui praga de urubu Longe de mim Vai pro lixo coisa ruim Minha importancia é pra nova vida Nem pensar no noticiário da dia Pra que acordar cedo Escovar os dentes Fuçar jornais Observar editais de emprego Ler texto do cursinho Quero mais é prosear Fuxicar do vizinho Bater pernas Ladeira abaixo Acima Fazer caracol na avenida Hoje é meu de escanchar O diabo nos quadris Virar bicha Piriguete Meretriz Tô todo prosa Por conta da alegria Só comendo água . Quero mais é virar pó Ficar no vinagre Alegria sem fim Até a festa acabar Depois me deem noticia Se a mangueira entrou arrasando E se saiu bem na avenida Se os bonecos de mestre vitalino Subiram e desceram fazendo graça Amanhã Deixe-me de molho na bacia com vinagre Joga por cima muito sal grosso Dos pés ao pescoço Gargarejo de pimenta e gengibre Tenta recuperar o homem dantes Suave Sereno Navegante Que circulara por aí Tonto Zonzo Zombando da tristeza Rindo do palhaço Desesperado com estonteante alegria Sem motivo Nem razão Pena que a carne é fraca E o pecado gosta Abraça A multidão se delicia A rua ficou cheia curtição Neste experimento de devaneios Você nem tem tempo de pensar Nos indicadores Do que sobe e desce no mercado Contas e mais impostos pra pagar O livro do filhinho Escola mais cara A gasolina O supermercado É tudo aumentou Num piscar de olhos Pra piorar de vez Vou castigar a garganta no Própolis Recarregar as baterias Pois Sem querer querendo Sempre dou importância ás aventuras E outras gostosas bobeiras que o povo inventa Ainda nem pestanejei Lá vem o bacalhau ao coco Recarregar baterias Caminhar léguas tiranas nas quatorze freguesias Com os penitentes de Cominho O forró caju Já tá no calcanhar Festa do mastro em capela Tremer a terra No Lambe sujo e São Gonçalo Em laranjeiras Girar o mundo no parafuso de lagarto Arre égua Quanta festa A gente pira todo dia Mais só de alegria...
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