
Com a mão na cumbuca - Lizaldo Vieira
Data 01/02/2013 13:48:01 | Tópico: Poemas
| Com a mão na cumbuca – Lizaldo Vieira Arre égua Tá danado Quanto mais puxa Mais estica O prejuizo de gaia A coisa tá feia Tudo virado De caba a rabo Não se atreva Nem futuca o diacho Com vara curta Macaco velho De sabido Já não mete a mão em cumbuca velha Por motivos óbvios Não chupa pitomba Sabe bem o espera No buraco além Anda e vira De Volta ao mundo A História é a mesma Derreteram as geleiras Urso polar anda á deriva Tem cemitério de baleia Na praia do robalo Mãe d’água Anda á procura do cavalo marinheiro Que saiba andar no raso da Catarina Arara azul Ararinha Jiboia Tamanduá Muito cedinho Caíram fora do lugar Tão caçando até roto sertanejo Pra comer com serva Dá pena o coitado do calango De deu em deu Sempre mudando de cor Pra ver se vive uns dias a mais Nas terras setentrionais Com a mulata do condor Sorte boa Tem o velho urubu Já nem apodrece O que vê Como cru Pra não ter aproveitamento Da carcaça que sobrou Siri na gaiteira Foi proibido Ninguém dá de cara Com um só individuo Encurralado na lama de veneno Desconjuro de crescer Morre pequeno Sem barulhar ou reclamar Na lata O crustáceo Uça Nosso produto exportação Tem mais não Virou artigo de luxo Não adianta pechinchar No mercado tales Ferraz A procura é grande Pro toque-toque Fim de semana Na passarela do caranguejo Pra esses maus do século Chamados ganancias e poluição Lavamos as mãos Enquanto eles Lavam a égua
|
|