
Alimento para o povo - Versão II
Data 19/01/2013 17:43:41 | Tópico: Poemas
| Por um pedaço de pão, O mundo como conhecemos Transfigura-se.
Os nossos actos reagem ao sabor das marés. E como a maré Vai e vem Com os gestos das nossas decisões.
Por um pedaço de pão, Salva-se alguém, Prende-se alguém.
Por erros passados As marcas ficam marcadas na pele E não deixam transparecer a verdade do acto do erro.
Justificar o correto, No meio da escuridão reinante de Éris, É difícil!
E a maré avança, Para que outros possam seguir em frente Pelos nossos actos de amor, coragem e perdão Como sementes de ações nos campos de cereais.
Searas cheias regadas com as orações de crescimento Aos sonhos das gerações vindouras de um povo...
Sonhos de trigo dourado, Carregados de esperança e ambição e amor, Alimentam o Futuro com novas possibilidades.
Como qualquer seara, É preciso estar atento Às pragas de quando as surgem.
Gafanhotos elegantes Com carisma de lábia curta e assertiva São guias cegos da desventura. São comandantes de lemes De naus desgovernadas Perspicazes em desnutrir os sonhos das gerações Tornando-as vãs e perdidas no ermo da miséria.
Governadores desfazedores de sonhos É o que não faltam por aí... Agora… Os fazedores de sonhos, Esses fazendeiros de Futuros, Esses sim, são raros...
E se, por mero fortúnio, Encontrares com um deles Em tua efémera existência Inspira-te com as suas palavras, Alimenta-te com o seu pão, Cria essa seara de luz. Para que não haja mais erros de passados, Nem pão que origina discórdia Nem marcas que não divulgam a verdade.
Sê voz de mudança E faz-te ouvir!
Por vezes basta só seguir a voz da mudança Divulgada pelo Vento acariciador das searas dos sonhos Para nascer um novo rumo, uma nova esperança.
Apresento uma segunda versão.
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