
Desabafo - Lizaldo Vieira
Data 16/01/2013 02:46:17 | Tópico: Poemas
| Desabafo Lizaldo Vieira Aqui estou Bizerro desmamado Eis meus aposentos Cheguei no bagaço Resto de feira Uns trapos Farrapo de gente De cabaça virada Atrapalhada com os revés da vida Se é pra chorar Mesus problemas e lamentos Tome cabeça cheia de motivos Arriei os picuás Tomei um ar puro na janela Deixei a poeira assentar O suor do corpo ressecar Guardei o sapato Arranquei do pé calejado Pendurei a roupa Juro que entre quatro paredes Cá em meu canto Surgiu um gosto de lamento O coração sussurrando em meu ouvir Fala tudo que tens de dizer Joga pra fora essa dor Do que sentes Se não boas as emoções De ingratidões fale pra mim Todo o mundo pode ouvir se tens Algo a dizer Que falas do passar mal Pelo que vê Sente E nada podes fazer Hoje é um daqueles dias em que Necessito muito de desabafar Chorar feito criança na despedida dos pais que a deixou na escola Em sei primeiro dia Nada que console O Desabafo solicita que um grito Na comum exploda de imediato Suas notícias não chegam Seu nome não leio na mais nos convites De aniversário das celebridades Olho para as cômodas ruas roupas não mais estão por lá O perfume que impregnava meu quarto Já não sinto mais o exalar do aroma Minha alma A vida que em mim florescia Parece um jardim de flores ressecadas Rosas despetaladas Flamboyant pelado Esperando a primavera Que não chega Até meu bem-te-vi Que cedinho despertava o sono Bateu asas e voou Meu samba Mais preferido Do Benito Paula a agulha arranhou Amigo Por favor Vê aqula música do Roberto Que a vitrola até rejeitou De cansada Surrada Não quer mais tocar pra mim Mesmo assim Caro locutor Por favor Faz por um isntante o meu jogo Me deixa levar por suas ondas Essa dor de sede de amar E enfim Tentar entre a lagrima e o soluço Fazer esquecer Essa invasão de sentimento E que nada disso é comigo Onde esse cara Definitivamente fragil Combalido Não sou eu......
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