
Olhai o lavrado do campo seco - \lizaldo Vieira
Data 09/01/2013 21:11:27 | Tópico: Poemas
| Olhar o lavrado do campo seco - Lizaldo Vieira
Não é que a peste feroz voltou Bem pior que a prega Das sete vacas magras do Egito Todos os dias são iguais Sol que racha o chão O tempo inteiro Coitado do é vintem Ninguem lhe chora Quando algo chega na tapera Parece esmola Sequer dá prar meiar a sacola Não é vida de gente Nem de bicho Tudo é pó Nem sempre plantando Nem sempre colhendo Pro eterno arigó Eterno viver sofrendo Nem sempre tudo dá Nem sempre tudo colhe Nem tudo escolhe Nem tempo bom Nem tempo ruim Mais esperança não falta Se não planta Não come O sertanejo arigó É asim Feito de sonho É só olhar pro céu E o tempo vai ser bom Vai dar tudo certo E tomara Pra que tempo ruim por aqui Qual o olhar dos infelizes para a gente Que sofre E planta no deserto Deserto de água Mais deserto de alma Amor Porto solidão Revolta da lagrima Muita sequidão Solidariedade Que futuro colhera Entre malvadas atudes E evas daninhas A minarem o platado O que criar Nas terras aridas E vã de poesias Olha a colheita perto As pedras de sal não mentiram É tempo de retiro De sofrer calado Pegai o cajado E veras o engernho pejado Vida de gato com fraldas Pra acompanhar o rebanho Dos aflitos De pé O Zé mane Caregando a cruz pesada No país da capa Só se vê Olimpíadas de miséria Lá vamos nóis Orando aos ceus Chingando Espreguejando os perversos Enquanto o sol Teima em reinar Todos os dias Pra tornar a vida em miséria Vingança da natureza Ou mero acaso De aproveitamento Exploração de gente pura E ainda escrava Do sistema malvado Não por acaso Inte a acauã se mandou.
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