
NAQUELA VELHA CASA
Data 29/11/2012 20:49:54 | Tópico: Prosas Poéticas
| . NAQUELA VELHA CASA
Naquela feérica e velha casa mantenho, na memória, pinturas das paredes sempre alvas e novas, além dos tijolos recém-assentados que vibram e estalam sob um revigorante perfume de barro, cimento fresco e massa-corrida. Essa fabulosa e aprazível casa, habito-a n’uns laivos de juventude ao eterno ocaso da imortalidade perdida. Sua imponência, dia-a-dia soeergue-se n’uma ínfima réstia de completude insurrecta que assusta de esperanças o meu tempo em seu andar firme, de pegada reta. É só por conta daquela remota casa que, de susto e surpresa, me ressuscito envolto de horas loucas e arredias nas poentes poesias das minhas tardes...
(Gê Muniz)
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