
Pilungo
Data 24/11/2012 14:58:39 | Tópico: Poemas
| Pilungo (Mauro Leal)
Cavalgastes pelos cantos, curvas, ancas, ângulos e recantos, com o cavaleiro, com o predicador e com o autárquico mas por desassistir no estábulo como pangaré-vencido, no picadeiro, fostes iludido
E no turfe temerário, encenavas nas despedidas, na exiguidade era só incontinência, no deambular pelas estradas, estrebarias e estalagens à beira mar, feito um beija-flor transpunha o pólen e secava o néctar da flor, com argúcia sob a capa da bravata e da astúcia anelava, assenhorear, suscitando cólera, depressão e atalaia, até que subitamente a iminente acareação, travaram, agaturrando às crinas, queixos e cabrestos rodopiando, dando uma queda indo ao chão, assustando seus cavalheiros, estarrecidos pela humilhação: O primeiro foi seu cavaleiro; o segundo seu predicador; o terceiro foi o autárquico, que por comprazer ao desnorteado estado da amazona, deu a mão.
Valendo-se de mártir, insolente contestava, santificava troçava a manter que nada estivesse a intercorrer, perquirindo inconsequentemente por sofrer com sentimento instintivo e hipotético, de que não mais os apreciáveis prestígios enalteceria, e em dissímulos ao magnânimo pelo receptor balbuciou: - Renderás aos bíceps braquial do antagonista confrade, alazão mangalarga marchador?
|
|