
Tristeza
Data 01/12/2007 17:03:08 | Tópico: Poemas -> Tristeza
|  O amor, flor delicada, Sensibilidade esperada, desejo alcançado. O amor, espinho cravado, Sentidos perdidos, angústia esbanjada. Perco-me entre as palavras de amor que te escrevo, Entre os desejos que te confesso, Entre a dor de te partilhar e a alegria de te desfrutar. Difícil, Este sentimento inexplicável, Em que te tenho sem te ter, Em que és meu sem o seres. Perco-me nos pensamentos que invento, Nas magias que crio, na realidade que não comporto, E evaporo-me, Pela volatilidade de ser aquilo, Que o meu corpo não compreende, De desejar aquilo que não alcanço. Silêncio, faço-me dele, Encho-me de nada para te dizer o que não sinto, Para te esconder o que não quero revelar. Invento-me! Quando se ama com a intensidade de uma tormenta, Tudo em nós é exageradamente forte. Dos sentidos às reacções, do tudo ao nada. Ficar aqui, afogada em mágoas, Perdida em pensamentos destruidores, Apago em mim, o que de mais terno sinto por ti, A loucura sufoca-me e eu deixo-me sucumbir, Ao momento em que tenho de te oferecer, Ao momento em que te dás a outras, Sem nada por fazer, sem nada por conter, Deixo-me apenas morrer, Esperando renascer para outro alguém, Que consiga, simplesmente absorver-me, Que seja capaz de me compreender. Hoje, Acordei com a sensação de que iria ficar profundamente triste, E fiquei!
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