
,pelas noites morrem estrelas
Data 17/11/2012 06:56:28 | Tópico: Poemas
| . . . . . . . *** (I)
Agora.
como a noite desassossega o sossego repentino por onde pulula o forte bramir do sonho,
protege-se em cendradas cores, opacas,
agita-se o corpo, o olhar habitua-se na escuridão, às sombras quietas, estáticas. Nada.
(II)
levanta-se da terra por onde os passos descansaram, absorvendo húmus, julgava-se num mar distante sem ondulação, sem vento.
(III) Depois, talvez.
talvez se morra distante, inseparável de si, talvez se acorde, tardiamente,
apenas fragmentos, queixumes, redenções falhadas,
perenes os pesadelos repetidos, noite, dia, apenas se sucedem,
queda-se na sua desinência, só,
[levanta-se o outro fugitivo, acompanhado dos outros todos libertados, caminham]
purificam-se.
(IIII)
,pelas noites morrem estrelas, todas as noites, ,pelos dias nascem corais, todos os dias.
Textos de Francisco Duarte
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