
Mesus versos impróprios - LIzaldo Vieira
Data 14/11/2012 21:31:17 | Tópico: Poemas
| Meus versos impróprios – Lizaldo Vieira Já fomos impedidos de comer do fruto da sobrevivência Por obediência a carne fraca em abundancia O abacaxi exposto na roça faz mal Comer cuscuz com leite e ovo de galinha dangola Credo em cruz Ainda bem que adão e eva Pecaram por nós Por maldito froto proibido Ainda somos condenados pela superstição alimentar O comer e o beber Bem ou mal bocado Principalmente os usos e costumes alimentares Estão impregnados dessa subserviência Por aqui Tudo condenado Ainda se justificam O erro da maça Têm certa lógica Na cidade e na roça Noutros lugares Até já Perderam a razão de ser O fundamento da existência Embora persistam ainda Para relembradas a voz do povo Que No fundo mesmo Provocam mais riso do que medo Perdoem nossos galos carijós Não permita ser enguiçado por mulher naqueles dias Perderá a força de homem Não comemos fel de caranguejo Faz muito mal além de amargo demais Quando alguém está com muita fome Nunca reclamar da hora do almoço ou do jantar Costuma-se contra argumentar se comeu galinha choca Também vem da crendice A proibição de comer galinha choca Pode deixai o faminto com fome canina A mesa representa a sagrada refeição Porém É pecado mortal sentar-se Deitar-se ou dormir em cima Porque pode trazer atrasa ao dono da casa Não se deve também botar dinheiro em cima Porque traz infelicidade Sentar-se á mesa 13 pessoas Com certeza uma delas morrerá em pouco tempo Não devemos almoçar com toalha pelo avesso Desse foram a barriga nunca ficará cheia Negar esmola na hora do almoço E do jantar Traz atraso para a pessoa que negou Quando a pessoa está comendo e cai um talher Será aviso de visita de alguém Quando o garfo cair Chegará um homem Se for uma faca O visitante será uma mulher Também se botar na mesa uma xícara de um tipo E o pires de outro Não deve ser aceito Para não causar o mau casamento Se comer com as mãos Não lamber os dedos por causa da sovinice Quando oferecer uma refeição E o alimento cai da mão É porque o doador Beber café e água em seguida Pode estragar os dentes ou morrer estuporado Beber leite e chupar manga pode morrer envenenado Comprar sal à noite, Traz desgraça ao comprador e ao vendedor Faz mal emprestar sal ou agulha ao vizinho Para botar visita indesejável pra fora Colocar vassoura como lado inverso para cima Por traz da porta Se quiser brigar com o vizinho É só emprestar sal em dia de sexta-feira Quando quiser que aconteça coisa boa É só derramar açúcar Cuidado, Não comer casca de queijo Pode ficar burro Nunca se deve jogar pão no chão A pessoa pode acaba na miséria Quando jogar fora Beije o pão antes Quem quer ficar bonito (a) Basta comer flor de coco Nunca beber na boca da garrafa Poderá ficar beberrão O vinho Quando derramado na mesa Sempre será anúncio de felicidade Dá congestão Comer carne cosida e deitar-se em seguida Nunca chupar osso de costela de porco Pode ficar com fome canina Quando há carne e peixe na mesa, Deve-se comer primeiro carne Porque assim diz o ditado Se quiseres que a morte o deixe Comer primeiro a carne e depois o peixe Sobre meus versos chatos Não importa Os são impróprios a todos os menores de espírito, Àqueles que amam a poesia E nem precisam de rimas
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