
A dor do declínio
Data 30/11/2007 16:28:26 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| No seu corpo franzido transpira O suor do dia a dia sombrio Mas o seu coração ainda vibra Quando pensa no passado sadio
Na luz radiante do seu sorriso No esplendor do seu doce amor Que o céu um dia lho roubou E um vazio no seu corpo deixou
No seu olhar de sofrimento Mil perguntas transparecem Mas dos seus pálidos lábios Só esgares de dor permanecem
Sua alma grita de revolta Por tanto já ter sofrido Que vida tão cruel e nefasta Que te martiriza sem sentido
Tanto tempo a apelar Alivio para tamanha dor Mas tu vida meretriz Olvidas esse pobre sofredor.
Que sofre, sofre sem gritar A dor do declínio ao chegar O fim desta vida terrena E do corpo decadente abdicar
O descanso torna-se abençoado Para tamanho final sofrido Ora, pedindo ao seu anjo amigo, O reencontro do seu amor perdido.
Suavemente encerra os olhos Numa dança corporal serena O coração pára docemente Abandonando esta vida terrena
E eu com o coração apertado O rosto sombrio e entristecido Rezo uma prece apressada Sob o seu velho corpo jazido
Escrito a 30/11/07
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