
O fim da estrada
Data 02/11/2012 16:52:47 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| O sinos podem dobrar hoje quase não escuto minha alma divaga pensa em toda vida passeio pela cidade ouço luzes ao longe entre ruas e esquinas postes mal iluminados e quem se importa com quem vive ali? miro olhares indiferentes vou eu me preocupar com o destino do mundo? com alguém desconhecido? só faltava esta agora com tanta gente aqui rezando para um deus que as vezes não vem eu que vou me importar? se escuto ainda sinos badalando ao longe mesmo insensível escuto tento me deixar levar pelo som seco e duro nunca parei para escutar jamais quis me perguntar para quem são as badaladas ou a procissão que passa afinal quem morreu? eu conheci ou não? apenas sei que um dia estes mesmo sinos vão soar secos novamente numa hora qualquer talvez poucos vão chorar não mereço o pranto nenhuma lágrima sequer deve vir de ninguém só tenho um desejo celebrem minha morte bebam meu vinho a vontade então estarei lá surdo, mudo, impassível com terno velho e amassado esperando o desconhecido o que não sei se acredito existe inferno ou paraíso além do nosso aqui terei eu juízo (a)final? ou tudo é apenas o final da estrada com novas badaladas soando para qualquer um amanhã....
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