
Ruas de ara órfãs de “madona” Lizaldo Vieira
Data 26/10/2012 12:06:12 | Tópico: Poemas
| Ruas de ara órfãs de “madona” _Lizaldo Vieira Aracaju órfã Do sal de Gení Da gostosa presepada Das peripécias desconectadas Da era madona de ara Eis uma madona tupiniquim Esse nome fez estória por aqui Misturando ar de cantora Atriz E mesmo pabulagem de meretriz Famosa sem nenhuma interpretação dos sucessos Cantando musicas da pop star americana Like a virgin Like a prayer Say Goodbye Beautiful stranger American Pie Frozen Crazy for you Music Don't cry for me Argentina Don't tell me What it feels like for a girl? Fonte(s): yo misma A orfandade de ara Por falta do canto rouco Quase louco E solto Prenda a Tadeu Severina chic-chic Os becos dos cocos A rua da frente A José do prado franco O tales Ferraz O mercado das verduras O calçadão da João pessoa O balé da rua está órfão O palco da rua está órfã De Guerreiros Revolucionários Um canto do Brasil Viver Aracaju Aracaju Dentando e rolando Grgalhadas Fantasia e molecagem Dos jeitos e trejeitos madonados Da valente Bagunceira BIscateira Irreverente O doido de pedra Pra figir Ou fingir ignorar Esse templo de preconceitos velados Modena de ara Daida divana Ora bailarina Cantora de boteco Vilã raivosa Madona dos pobres O moleque travesso A criança deformada Pelas pedradas Dos becos Madona cuspida nas ruas Reflexos da esquizofrênica Sociedade de consumo Quem sabe Mais um Arthur Bispo Um Macunaíma Riscados do mapa Retrato falado em preto a branco De uma determinada sociedade Nem pelo menos um adeus Nos deixou Acho que ainda ouço o zumbido Uma canção mal bolada Um grito desvairado de Madonna Aracaju. "Madona da Rosa" Do vestido longo Da calsa apertada Madona do rebolado das ruas Fora executada diversa vezes Por um sistema brutals Pisoteada em diversos momentos Em seu Santuário mundano Pois eras feita pra chamar atenção Pedra por pedra Deu a resposta na mesma meoda Nunca levou desafora Pra casa De outras madonas As madonas doidas As feia Capitães da Areia Estão orfãs Querendo brincar no carrossel de Tobias Muitas nadonas Homem Menino Velho Queria ser madona de ara Pra poder cantar Viver A Atriz A pedinte A prostituta A amada A odiada Dos becos Das praças Das ruas de ara menina órfã Deixou a vida sem viver O forró sem dançar chen´nhen-nhen A rua aqui ficou órfã Cheia de vazio Sem a despida arretada Escrachada Por tudo e por todos Olhada Ignorada Mal amada Desprezada Porem nada ficava sem resposta Ela era atrevida Raivosa Valente De repente aprendeu Que também era gente Nesse mundo cão Quem sabe recordando A gente até tenha gostado dwe amdona in aju É só ser capaz de soltar a loucura Cuspir na Gení Dar o show de barraco Ao simples olhar sem critério de proposito Na doce louca modonense Resta esperar o próximo carnaval De rua no galo do Augusto Franco Pra ver o que os artistas de faz de conta são Mesmo assim Hora rir Hora chora Hora chinga Hora canta Arma barraco Vive o palhaço Toca fogo no circo Mora no barraco Dança samba e taieira No morro Come e dorme debaixo da ponte Toma pinga Fuma tabaco Fala boubagens Ri de si próprio Gasta a sola do sapato Dançando no forró caju E se pinta o ano inteiro Pra distrair as fantasias As frustrações E desilusão Pouco assistidas
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