
salvemos nós - Lizaldo Vieira
Data 18/10/2012 19:53:09 | Tópico: Poemas
| Salvemos nós – Lizaldo Vieira Dos pecados de Eva e Adão Desse aumento do consumo Depois de comer do fruto proibido Viver o paraíso Com operação na navalha Não será mais possível Viveremos na lama Na poluição De agonia da chuva acida Inda mais Depois de aturar as mentiras de políticos Na enxurrada eleitoral Nunca estamos ás salvo Do tal mal Quem tem pernas curtas Que se dane Bucha de canhão Enquanto o diabo torce o rabo Querendo lavar égua Com todos no fogo do inferno A barriga de aluguel Virou moda Faz a festa das provetas Dando lugar ao filho Do amor proibido a dois Chega de infiéis Jurando promessas de céus Em troco de alguns trocados Temos fome De verdades absolutas Nuas Cristalinas Cruas Olhos nos olhos O saco De vazio Já não se põe de pé Enquanto José e Raimundo No mundo nos negócios Fazem sobrar fome Aplicando nos fundos da gripe da galinha Da vaca louca Catapora Sarampo Rubéola Encarecendo a formula Do controle epidemiológico da escare lumbricoide Nos infelizes da vila dos miseráveis Dor de barriga Coceira No saco Não dão uma só vez Pro azar do freguês Tomar banho em maré de com água viva Depois das águas de março É madeira de dar em doido As cheias de trovoada Aguardam-nos A cada lua nova Esperamos a solução da seca As temperaturas estão elevadas em caipe velho Pra quando outubro vier Com tempo sujeito a chuvas e trovoadas Falam isso e aquilo do temporal. Mas na verdade Ninguém suporta tanto calor Somos sujeito da chuva Do sol a pino Só assim Dos ventos alísios Só assim teremos manhã de primavera Se repetindo Com vida E fulo brotando Nos quatros cantos De gaia Enquanto olho d’água brota Nos grotas semeando Lama pra casa de sopapo E eu sozinho No barraco Olhando goteira Gritando Help Com medo de lobisomem Ou de mula de pade
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