
Apenas, Imaginação...
Data 30/09/2012 09:47:30 | Tópico: Poemas -> Paixão
| Eu não sei porque eu te desejo tanto, assim Nem, porque se agiganta este pranto, dentro de mim, Que me sufoca o coração E me solta da garganta tais palavras de encanto De amor e de paixão Que teimam em brotar como um doce canto Por entre os dedos de minha mão Quando eu me dou a imaginar Que, com eles, o teu corpo, eu estou a desflorar Exaltado, na loucura desta Paixão...
Como é bom me deixar ferver, em tão vil emoção...
E que pena, por ora possa ser, apenas, fruto de pura imaginação...
Eu não sei, porque este sentimento Que, em meu coração, é Rei E é Senhor da minha vida Imperador da minha imaginação Pois, que deliberadamente a solta, sem pudor, E faz com que eu me assenhore do teu amor Sem dó, nem restrição, Já que, sem conta, nem medida, Toma, em suas mãos, um ardor latente na minha vida Sem me pedir permissão E me aliena o coração de uma tal forma desmedida Tomando-o em atrevida sensação Pois, faz com que eu ouça-te a urrar de prazer E a enaltecer os trâmites desta minha Paixão Ao te ver a ceder ao meu deleite À passagem de minha mão A soltares palavras de excomunhão, mas cheias de enfeite, Que a tua Alma não consegue conter No viver de uma tão forte emoção No verter dos gemidos incontidos Em incontida sensação Sempre que eu trespasso os teus sítios proibidos Tão minuciosamente sorvidos Na loucura desta minha paixão
E é nessa hora, que o teu âmago, a ela mais implora...
Só tenho pena que, por ora, possam ser apenas delírios da minha imaginação...
E, eu deixo-me para aqui a imaginar Que há um dia, que vai chegar, Em que eu vou poder te tocar, com os trémulos dedos da minha mão Em que eu vou poder te abraçar Com todo o fervor desta minha Paixão E que eu vou exorcizar esses teus medos Ao beijar freneticamente cada um dos teus segredos Com os ferventes lábios do meu Coração Que, só por o pensar, me faz sentir absorto Ora, a delirar e quase morto, Ora a espumar, e a ruir de ereção...
Faz-me sentir num fluir veemente E num arder, que eu o vejo inconsequente, na fulgurosa chama de tão vil vertente, desta minha tão ditosa Paixão...
apsferreira
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