
Incêndios
Data 04/09/2012 13:07:27 | Tópico: Poemas -> Sociais
| O fogo crepita, imagem terrível de paradoxal beleza, Corre gente aos gritos, sem destino, alucinadas! Sopradas pelo vento, as chamas tornam-se fortaleza, Viaturas tanques dos bombeiros, acorrem apressadas.
O verde da vegetação torna-se negro como a morte! Onde antes existia o encanto das flores silvestres, Agora são troncos e ramos calcinados de cheiro forte, É a devastação total, daquelas imagens campestres.
Rolam pedras enegrecidas, pelas escarpas serranas, Desapoiadas da vegetação e árvores que as sustentavam, É o destruir do trabalho de anos, daquelas mãos humanas, Cujas vidas já difíceis pelos tempos, tanto labutaram.
Casas, suor de uma vida de trabalho, queimadas, Culturas dizimadas pela passagem apocalíptica, Animais e culturas, vidas e emoções dizimadas, Almas em desespero, ante situação tão critica.
Finalmente apagou-se aquele fogo, terrível e devastador! Agora, olhar aquela paisagem é ter a dor no coração, É ser-se impotente, perante a ação de algum agitador, Causador de tanto sofrimento, por tão assassina ação.
E assim deixo aqui, expressa à minha maneira, O que me vai na alma, em relação a esta calamidade! Todo aquele que incendeia devia cair na sua fogueira E ter assim consumada a sua a pena, por tanta maldade.
José Carlos Moutinho
|
|