
[Esqueço-me dos dias, restam noites abandonadas]
Data 11/08/2012 20:14:11 | Tópico: Poemas
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Esqueço-me dos dias, restam noites abandonadas,
silêncios alguns, sombras que voam em frenesim, quando encontro a minha, apiedo-me sem razão.
Tempos estranhos, delírios intermináveis, de nada valeram sonhos, encontros, fugas,
resisto-me.
Descalça te imagino, cousas minhas, cabelos desfraldados ao vento que vem de norte tapam o sorriso que sempre sobreviveu em esconderijos meus, que sejam secretos qual o invísivel rorejar disperso pelos nossos regaços numa manhã cendrada.
Assim a noite pariu arco-íris, afirmo-te. Assim a noite escondeu os silêncios das sombras.
Assim se libertou o perfume do rosmaninho que cobre as falésias por segar.
segar – ceifar, cortar
“Quase lua cheia e baixa sobre o mar Magnética e brilhante nos panos negros da noite Foi então que abordámos em margens de silêncio” … (“Termoli” Sophia de Mello Andresen)
“- Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide adormeceu no leito de uma orquídea branca.
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