
Soneto à morte do Conde Orgaz
Data 30/06/2012 16:36:15 | Tópico: Sonetos
| Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém, existe um préstito funéreo a que minh'Alma se prende, porque contém, um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos, D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz. "Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz: Não há ninguém que me conforte, oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino, para aquele que foi outrora o nobre Cavaleiro Conde de Orgaz!
Ricardo Louro em Évora
Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz. Uma Obra que considero fenomenal pelas expressões de rosto, movimentos delicados e profundos que indicam a intenção de realizar umas das 7 obras de misericordia corporais, enterrar os mortos. Toda a envolvência e intenção Esotérica da pintura é magnifica...
|
|