
DE AVÔ PARA OS NETINHOS
Data 23/06/2012 17:21:58 | Tópico: Poemas
| No princípio, apenas Deus, nada mais, mais nada havia. Na eternidade do espaço o tempo não transcorria. De nada valia o espaço. De nada o tempo valia.
Deus – o Supremo Senhor do tempo - todo esse espaço desde sempre percorria. Sonhava um novo universo que outro antes deste, por certo, pleno de luzes teria.
A vida – esse dom sublime – por Ele e n’Ele vibrava, dava ao Nada algum sentido. Fazia lembrar um quadro distante das mãos do artista e ainda descolorido.
Pois que a noite dominava, até que o bom Deus com arte, amor e sabedoria, fez eclodir de entre as trevas esplêndido sol, gigante, ao qual chamou “Luz do dia”.
Surgiu, assim, a matéria, como a lava incandescente no interior de um vulcão. Estrondo intenso deu corda ao tempo – o relógio eterno. E o espaço ocupou-se, então.
Novas estrelas e mundos e, dentre eles, o nosso recebem a luz da vida. Pródiga, a natureza faz da Terra a jóia ímpar que Deus, o Ourives, lapida.
E sem que saibamos como, nem para que, nem por que chegamos e d’onde viemos, ao escrever nossa história, outros pequeninos deuses orgulhosos nos fizemos.
O belo planeta azul é o lar-escola que herdamos. Malgrado sofra os reveses do homem dominador, devemos confiar, crianças, que nos governa o Senhor.
(Da coletânea de Sergio de Sersank)
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Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é resultado de uma explosão em tipografia. Benjamin Franklin
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