
PENA DE MORTE - ensaio (parte 2)
Data 18/06/2012 10:28:16 | Tópico: Textos -> Surrealistas
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- Claro, e porque não são cumpridas? - Porque há pessoas que não as querem cumprir. - Não é resposta, e dou-te um exemplo: um indivíduo mete-se num automóvel, entra na auto-estrada em contra-mão, por vontade própria e consciente do erro que está a cometer, provoca um grave acidente, morrem pessoas, só porque o indivíduo resolveu não cumprir a lei? - É. - E tu aceitas isso com naturalidade?! - Claro que não! Ele vai ser castigado. - Vai?! E qual vai ser o castigo? - Sei lá... 25 anos talvez. - Certo... e com bom comportamento está cá fora em metade do tempo! - Talvez. - E se quando ele sair voltar a fazer o mesmo? - Aí, talvez lhe desse mais anos de cadeia. - E ele a rir-se, a comer e a beber à custa da sociedade. - Que queres Anastácio? É a lei. - Está mal Alexandre! Mal! E o que está mal tem de ser corrigido! - Tretas... e queres tu mudar o mundo... - Claro! Quero morrer de consciência tranquila. Muitos me chamam de radical, mas são esses que depois querem fazer justiça pelas próprias mãos nos casos de filhos seus barbaramente violentados. Tornam-se depois, defensores acérrimos da pena de morte, nesses casos.
(CONTINUA)
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