
sala 101
Data 15/06/2012 01:14:31 | Tópico: Poemas
| Eu posso ver o murro Eu posso ver a grama As flores estão mais belas esta manhã O cheiro das rosas me faz lembrar Mas eu nunca sairei daqui Estes colchões brancos na parede Eles me dão enjoo Sinto falta de muita coisa Esta camisa esta me apertando [hey jone] droga! Está na hora dos remédios Não consigo mais sonhar à noite Esqueci como é o mundo Ao menos uma vez Uma única vez Eu gostaria de sair Uma vez estaria ótimo Eu tenho um colega aqui Isto quando saio da cela O nome dele é fracis, Mas acho que ele é louco Estou trancado aqui sozinho Minhas mãos estão atadas Os cintos e as fivelas, [eu as odeio] Elas machucam minhas costelas Às vezes, quando me deixam, Eu saio para ver o gramado A brisa do amanhecer E o sereno no rosto Coisas tão simples Mas o mundo não tem ideia Do que elas significam para mim A liberdade é uma virtude Com o passar dos anos Minha mente ficou bagunçada Eu só penso em coisas bizarras Eu só lembro dos colchões Tentei me suicidar uma vez Por isso a cela acolchoada Eles pensam que sou louco Louco como o françis Mas sei bem como é aqui, Sabe como é a sensação? Sensação de estar trancado? Sabe a dor que eu sinto? Gostaria de ouvir Pink Floyd Queria fumar mais um Quem sabe ler um livro Mas minhas mãos [estão atadas] Hoje é dia de visitas Mas ninguém vem me ver Há anos não vejo ninguém Quem sabe o françis venha Estou ouvindo sussurros, [morra] Eles me dão medo, [você vai morrer] Lembro-me da guerra,[por favor...] Ela me da medo também[infeliz] Lembro-me de quando criança, Eu sentava debaixo da figueira, Pra ver o amanhecer, [odeio o dia] Pra ver o dia morrer. [doce noite] Hoje vivo semanas de noite, Mas é por que me obrigam, Agora que queria ver a luz, Eles não me deixam. Os ratos roem o colchão, Malditos ratos no chão, Triste vida, [triste solidão] Na doce noite.[deito-me ao chão] A sala 101, [minha casa] Onde tenho minhas visões, Aqui eu vejo os fantasmas, Eles não me deixam dormir. É agoniante estar aqui, Não sei se é dia, Não sei se é noite, Não sei de nada. Os raios da luz, [ahhhh] Eles machucam meus olhos, E a escuridão, [bela] Me deixa pálido. Escuto os carros na rua, Mais não posso velos, Escuto as buzinas, Mas o som se cessa. Adoro as estrelas, Mas não posso telas, O silençio, [o droga] Esta me deixando louco. Mais uma em minhas veias, Os remédios que me dao, Me deixam entorpecido, E eu me sinto bem. Eu tinha uma gata, Ela se chamava erzebeth, Assim como a condessa bathory, Mas me tiraram ela. A onde eu estou? Quem são vocês? Onde estão me levando? Para casa? Dias longos,[nada pra fazer] Noites frias,[sem cobertores] O colchão da parede, Ele esta amarelando. Hoje tenho consulta, O doutor quer me ver, Talvez me deixe ir embora, Ou me deixe aqui. [para morrer] O mundo esta chorando a minha volta Mas você não esta aqui, pra ver Sobrou apenas a escuridão Agora tudo ficou noite Não vejo mais o mundo como antes Ates eu sonhava com uma banda Uma banda de rock n roll Agora eu sonho apenas com as trevas Droga! Eu sou mesmo um tolo Em pensar que alguém poderia me ouvir Não sei o que esta acontecendo Esta tudo tao estranho Minha mente não acompanha Mais o meu corpo...... Tudo esta girando Estou começando a ver Começando a ver a luz Sera para mim? Sera que vou morrer? Eu estou morrendo? Merda! O que eu faço? Estou sentindo tonturas Acho que tenho febre Minhas mãos estão atadas Não consigo me soltar A camisa esta me sufocando Os cintos esmagam meus pulmões A luz esta chegando perto Sera essa a hora? É a hora de morrer? Nunca mais verei o por do sól? Este é o meu fim Em uma camisa de força Em uma cela acolchoada Em algum hospício......... Voce não me conheceu Não o bastante para me julgar!!!
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