
À flor da Pele
Data 15/11/2007 23:10:23 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Vou conter meus arroubos. Necessito flutuar no vácuo existente em mim Esgotei-me buscando fórmulas. Não existem. A química surge por si. Vem e delata a fragilidade. Esmaga qualquer simbolismo. Faz-me vilã, faz-me vítima, uma pedinte quase sem fim. Em vão persigo anseios. São como plumas, levitam ao sabor do vento. Ou então grudam na pele. Ferem, sangram, partem-me ao meio. Cravam as unhas. Tiram-me o fôlego. Fazem-me fantoche. E nada. Absorvem minha energia, meu eu lírico, minha fantasia. E nada. À flor da pele, nervos expostos, mastigo a ira com chocolate. Mas a alma não se arrefece. Incendeia a equação da genealogia. No meu vácuo, o fogo crepita. Labaredas espalham meus instintos À flor da pele, sou chama. Mistura onírica. Desisto. Não mais me contenho. Bandeira hasteada, eu sigo o meu norte...
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