
Gentileza.
Data 11/05/2012 20:36:26 | Tópico: Poemas
| Um punhado de pão Arroz ou feijão Ajude , moça, este resignado E pobre ancião
-“ qual trabalho me daria dar-te tal alimento Que esqueço a humanidade e torno isso um portento Que em dita casa adiante encontrará com facilidade Pare , então, de me enfadar a pedir, trate de arrumar-se.”
O pobre não se forma em solidão eterna Ele é oriundo desta comunidade, nova, antiga, fraterna Se deseja em vão recuperar-se, do cansaço se livra esmera terra Que ao faminto oferece sua herança, dor interna e fadiga Da qual não pode escapar sequer a criança
Enquanto eu, a escrever estes versos sem importância De comer e beber desfruto De uma vida com dita paz que destrói a graça da abonança Que desperdiçada se aproveita da pobre criança
E minhas frases se perderam há tempos Quando ainda jovem e glorioso obtinha um a um os portentos Esquecendo da lida tardia que estava por vir E um sol negro resplandecendo trevas ocuparia minha mente o porvir. Minha atitude é tão louvável quanto a dela A moça que pensando em si dispensara o pobre velho magricela E não vejo porque de tamanha revolta, pois fazeis isso todos os dias Enfada a terceiros e é enfadado , esquecendo da anterior piedade Pensando em si própria esquece de sua marginal e se torna o que chamamos [Sociedade.
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