
Poema ao 25 de Abril de 1974
Data 25/04/2012 15:33:17 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Escrevo-vos no 25 de Abril no ano do Senhor de 2012 A Revolução dos Cravos, foi a morfose que nos libertou do redil
Mas há muitas estórias por contar Os revoltosos, que se instalaram Houveram bons tachos para dar E a economia definharam
Os sindicalistas são neoburgueses que só idolatram o Capital E para os comunistas portugueses O salário é o fundamental
3000 ganham os maquinistas, os médicos, o equivalente Os pilotos são os chupistas que só dinheiro veem de frente
E dos mais bem pagos do mundo diz o Relatório, são os professores E gritam enraivecidos: “Somos doutores que nos colocam no Portugal profundo”
“Não queremos ser avaliados nas 22 horas que trabalhamos somos neo-deuses consagrados com a missão de ensinar os mundanos!”
E a Polícia: “Ai que desgraça, Não temos meios, ganhamos mal!” Com o secundário, e somente praça ganham mais que meio Portugal
E as nossas magnas forças armadas que combatem ferozmente o invasor sem sair do quartel, pois estão cansadas e não no verão, pois faz calor
Até Cavaco, diz que ganha mal Qualquer dia, nem lhe dá para o pão Concedam ao Presidente de Portugal O Rendimento Social de Inserção
Os credores batem-nos à porta Pum, Pum, Pum; vem aí o saque! “Portugueses, a dívida não é letra morta ou quereis, o cobrador do fraque?”
O sindicalista é um burguês só o sacia, o Capital a mesma massa que o fez, fez o neoliberal
“Mais salários. Mais direitos! Lutemos camaradas! Avante!” Mas trabalhar, não nos dá jeito E não há emprego que nos encante
“Portugueses! Haverá ainda esperanças? Falo-vos de Santa Comba Dão Gastastes o oiro das poupanças e agora à troica, esticais a mão”
“Portugueses, tanta autoestrada fútil O dinheiro andastes a gastar Em obra socretina inútil quem vos fala é Salazar”
Abril é Liberdade É a Primavera popular É evocar a expressividade num país com Sol, Fado e Mar
Evoquemos o 25 de Abril Esta efeméride nacional que nos libertou do redil para cumprir Portugal
Crescei Portugal! Avante! É Hora da União Nesta causa, que doravante exaltar-vos-á o coração
Abençoadas gentes e esta terra Foi Maria, quem vos pariu Pois já ninguém mais cerra As Portas que Abril abriu
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