
Mulheres ao Vento
Data 22/04/2012 13:57:58 | Tópico: Poemas
| Mulheres ao Vento (Mauro Leal)
À sombra da solitária morácea das folhas que nutrem os bichinhos-da-seda e das infrutescência carnosa a cor em vinho que atraem aos galhos fininhos os sanhaços e os beija-flores roxinhos.
Recostam, pernas se cruzam, reiniciam os contos das fantasias no sexo, dos corpos sarados, das formações, das alegorias, dos princípios das bagatelas, das conspirações, do mínimo dos mínimos, das feridas sangrentas, da criação, da admiração, da banalização da vida, e dos valores inversos.
Ultrapassam os limites e divergem no fútil, no óbvio e no elementar com primazia e presunções infundadas a sobrepujarem.
À flor da pele se repelem e sobrancelhas e pernas se erguem, enfurecem como as abutres hienas famintas, e a céu aberto se estranham, desgastam, e se perdem no precioso tempo que não voltará.
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