
Equilíbrio
Data 11/11/2007 16:14:45 | Tópico: Poemas
| Apontei para Norte o meu desnorte, Retirei todo o azar à sorte E dei vida à que será, um dia, a minha morte.
Num retesamento de espinha Saltei do chão para as pernas Recuperando aquilo que tinha Fechado entre asas e penas...
Fiz-me direito Andei mal seguro por caminho estreito.
Balanço agora, abano Num desengonço medido E um desequilíbrio decano...
Mas cá vou, entre aspas e travessões Fazendo das palavras, viva voz, Dizendo dizeres gigantes e anões E debruando-os com cornucópias Na tentativa de sentir o pulsar De algo que não se quer mostrar.
E assim, aponto outra vez o Norte ao meu desnorte Esgrimo o azar com a sorte E dou vida à, que vai ser, a minha morte
Valdevinoxis
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