
Aracaju - tototó e cia- Lizaldo Vieira
Data 18/03/2012 10:47:22 | Tópico: Poemas
| Aracaju - tototó - Lizaldo Vieira
Um tó aqui Um tó ali Outro acolá Meu barco perdido Sem rio Sem praia O tempo quase parando Pro direitor de navegar ARACAJU do laado de cá Barra dos coqueiros Do lado da lá Quem foi naninha Quem foi tototá Chemego de gente Água Mais vento Barcos Muitos indo e vindo Livres desembarque Livre navegar Num mundo de ventos tranquilos Soprando boas viagens Dava até tempo de sonhar Fazer cafuné E o tempo viajando Como um trofeu ao Sergipe e Cotinguiba Duelos de gigantes Que tempo bom apagou Pra quem não viveu Tudo isso Tudo perdido Nem se emocionou Com as carrancas de Zé peixe Rita peixe Nas águas morenas Dastes navegaveis Ondas perenes Pequenas Braçadas livres Que não tinha pressa em ver chegar Tão cedo Ao mundo do esgoto O fosso Rio sem futuro Um salto no escuro Travessia secular desmantelada Pro fundo do poço Pois o buraco é mais embaixo Puro joguete dos interesses Dos nogocios A tranquilidade de andar Virou consócio de ninguem Troca de moeda De vintem Meu barco á deriva Ficou Via direto pro beleleu Parece perceber tudo Aos poucos perde o rumo Sem prumo Nem tem planos Do onde chegar Não save se vai ou se fica No desencontro das águas Barrentas Poluidas Da refrega de indiotisse De tudo mudar De tudo acabar Vamos celebrar a Deus porque ainda tem rio no meio Querendo tototó Fazer acontecer Vedr mais barcos Debaixo da ponte Outras águas vão rolar Daqui pra lá De lá pra cá Que tal dar uma espiadinha No tempo O rio de águas poluidas Não pra rima Não boto Nem tá pra pescador Tototó Ainda vive reminiscencias De um bom tempo Que se foi Pra longe das manhas E manhãs lentas De uma travessia Sem os bons ventos Da lua cheia Bisbilhotantando siris Nas águas sergipanas Onde uma paisagem não se engana Com tão rasteira mesquinharia Desse propgresso vaidoso Mentiroso Que nega o navegar da tranquilo Da vida de um povo
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