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Data 07/03/2012 23:36:09 | Tópico: Poemas
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Doze meses tem o ano
Doze meses o engano Virar de costas Olhares arredios, impostas Crueldades e barbaridades Torturas, amedrontamentos Doze meses de lamentos
Pergunto
Qual a beleza de um só dia Porventura afasta a razia De que servem palavras bonitas Prendas atadas com fitas São fitas, não saram golpes Ramos de rosas são marionetas Manipuladas são as vontades Doze meses.
Pergunto
Onde está a beleza de um só dia A sua utilidade é relembrar agonia Em cada rosa desfolhada Uma mulher é açoitada Em cada sorriso aberto Uma mulher morre aos poucos Numa caixa de bombons Morre além uma alma Por isso não me peçam calma
Dia oito só existe Porque a barbárie no mundo persiste.
Antonia Ruivo
http://escritarubra.blogspot.com/
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