
Sonho
Data 03/03/2012 11:24:36 | Tópico: Poemas
| Mais alto que as estrelas Havia erguido O meu sonho de Amor Mais alto que as estrelas Onde ninguém jamais O pudesse encontrar…
Somente tu Com as mãos de neve e olhos de luar Poderias subir a esse sonho Comigo de mãos dadas… Mais salto que as estrelas Havia erguido O meu sonho de Amor… Nesse lugar bendito Nessa vereda branca Sem poeiras de estrada À porta do Infinito…
Vieste tu De mãos de neve e olhos de luar E se vieste - Bendito seja o dia que te trouxe! – Descer-me toda Desse lugar sagrado Onde havia erguido O meu sonho de Amor Porque hei de agora Tecer o riso de Dor?
Maria Helena Amaro In, «Maria Mãe», 1973.
Publicada por António Sequeira em 10:41 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem Etiquetas: Sonho Reacções:
Sexta-feira, 2 de Março de 2012Lenda
Ao Fernando Mota Soares
Era… Um pálido guerreiro De armadura branca Lutando com a Noite À luz do entardecer…
Era… Algum monge-poeta No silêncio da cela Compondo tristes versos Em horas de lazer…
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Era… Algum judeu errante Intitulado rei De alvas cidadelas Erguidas sobre o mar… Era… Um mendigo sem nome Um alforge dourado Que cantava às crianças Histórias de encantar…
Maria Helena Amaro In, «Maria Mãe», 1973 Publicada por António Sequeira em 10:24 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem Etiquetas: Lenda Reacções:
Quinta-feira, 1 de Março de 2012Meditando
Á Olga
Amigos São os que vão connosco de mãos dadas, Murmurando poemas, Quando a Esperança morre Muito dentro de nós… E nos falam de pássaros azuis, De risos matutinos De Primaveras de Sol, Nas horas sombreadas De tormentos peregrinos…
Falam-nos sérios de manhãs de risos, Com olhos de crianças, E acreditam No gosto acre das nossas gargalhadas E no toque singelo Do repicar dos sinos Que são as nossas almas Em tarde de ventura, Quando ouvem perdidos na penumbra Cantigas de meninos…
Oferecem-nos as mãos duas, calosas, Vestidas de bondade Nas estradas sem fim De lendários desertos, Onde ninguém cultiva O perfume das rosas Nos prados de Amizade…
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E são capazes de cantar connosco Para além da distância, Como que se vivessem A certeza serena Dum encontro melhor!...
Amigos, Correi a procurá-los! E se os encontrardes, Escondei-os bem, Muito dentro de vós, Onde há céus estrelados E caminhos de esperança E onde chegam lentas, Brancas e ressonantes As vozes do Além Como se fossem gritos de crianças!
Maria Helena Amaro In, «Maria Mãe», 1973 Publicada por António Sequeira em 08:05 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem Etiquetas: Meditando Reacções:
Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012Amanhã
Quando vieres fazer-me companhia Traz um pouco de Sol À rua estreita onde os destinos param E conversam Esperanças Ciosos e alegres De te verem passar...
Quando vieres fazer-me companhia Não me perguntes Porque na jarra pus flores vermelhas Gostando das azuis...
Não me perguntes porque são de sal As pintas brancas dos meus olhos claros A saltar no meu rosto...
Quando vieres fazer-me companhia Não prometas ficar... Nunca a estrela teve amor ao luar...
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973 Publicada por António Sequeira em 08:27 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem Etiquetas: Amanhã Reacções:
Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012Anseio
À Incerteza ergo os braços da Esperança E os olhos da Fé à Ilusão De te encontrar na Vida... Mas cá no fundo Onde não há Sol Nem asas cor de Azul Nem risos de cristal Nem primaveras brancas Nem olhos de crianças Nem estrelas de luz Nem flores de cetim Cá bem dentro de mim Eu ouço aquela voz Duma outra que já fui Sonhando uma outra ser Interrogar os Céus Num Canto de Anseio A um dia melhor: - Porque há de tardar tanto o Meu Amor?
Maria Helena Amaro In, «Maria Mãe», 1973
http://mariahelenaamaro.blogspot.com/2012/03/sonho.html
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