
«« Amor gago ««
Data 25/02/2012 23:30:04 | Tópico: Poemas
| Um cinzento levante abeira-se Insurreição oprimida pelos sentidos Doem os poemas que não faço, desnutridos Estão os caracteres seminus nas palavras Parcas de rumos ou de motivação, distanciar-se O poema peado pelo olhar alheado Ao momento, onde estão os poetas A mola motora da insatisfação Onde estão os poetas, negação.
Tombam as almas sem rumo Grita-se amor de balaústres Amor gago, amor cego, amor, amor Gemem as almas precisam de prumo Cantam poetas amor e consumo, Gemem as gentes, tardam olhares Cantam poetas ressoam vagares Correm as dores, gritam os mortos, pavor.
Um cinzento levante abeira-se Clamam os mortos, corram poetas Abram valetas estiquem esteiras Gritem poemas, empurrem barreiras.
Antónia Ruivo. http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
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