
Já é carnaval na BR - Lizaldo Viera
Data 18/02/2012 03:17:42 | Tópico: Poemas
| Já é carnaval na BR-Lizaldo Vieira No largo Na rua Na praça Mes em desgraça Quem samba E mexe Não cansa Derramase na alegria Da festa De um rei de mentira Feito cobra Se arrata Toma conta da avenida Vira semideus REQUEBRA Dança sem querer Querendo Chupa chupeta Veste sainhas Cai na gandaia Quando mais da raia miúda Deus nos acuda Não deixa bater a lata Rufar os tambores Salve dona Nelma da verde e rosa Cirandas e cirandei-os de casa amarela Salve axé quizomba Entrudo de mocambo As lacraias capelenses A frevança de Neópolis Em tudo Por todos Só alegria rasgada No rasgadinho do cirurgia No galo da meia noite No galo da madrugada Salve os guerreiros da paz Filhos de Gandhi Pastorinhas de Recife e Olinda Parafuso e taeiras sergipanas Já é Carnaval Cidade Vamos lá brasis Pra ver E dançar Sacudir a poeira Dar a volta no trio É possível Com ficha limpa Varrendo os lacaios Melhor ainda Que venha suave Do jeito são Gonçalo Como a gente quer Mesmo quebrando tudo No rebolation Requebrando Sambando na Sapucaí Por isso somos divinos Sambam que mexe o sangue O corpo A alma Um balacubaco de emoções Vindo de todos os cantos Desce do morro Das vielas Dos barracos Nenhum porta-bandeira Faz tão divinamente Já é primavera Quanta estação primeira É show de bola Deita e rola A mulata brasileira Abram alas Lá vêm eles Bloco afro Carro quebrado Siri na lata Aratu vermelho Bacalhau do batata Bloco das velhas virgens Bloco de enredo Blocos de embalo Bloco de sujo Bloco das piranhas • Bloco pelo Brasil Bloco do bafafá Galo da madruga Do bacalhau fedido Galo do augusto franco Olho miúdo O resgate As moreninhas Bloco do robalo Bebericando Uísque Cerveja e cia Ou caninha Contagiando no batuque São tons e sons Das ruas Dos guetos Dos becos E canaviais Da rainha Senhor rei momo Da licença As nações dos maracatus Pedem passagem E que rufem tambores Com batuques Não há tempo pra canseira Quero descer Subir ladeiras E só acordar do sonho Da doce fantasia No raiar Do sol das cinzas E no apagar das luzes Nuas e cruas Da desilusão
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