
ESCULPIR NO VENTO
Data 04/02/2012 22:45:15 | Tópico: Poemas
| Há uma linha, mesmo que subtil e inconsciente Que nos une, testemunho de relação Tantas vezes tensa, por vezes inquisitiva Mas reveladora, Uma resistência aos tempos agrestes, Do grito mecânico Baço, angustiante, repetido Onde a voz quase foi silenciada Numa sobrevivência triste Quase omitida!
Modelando, busco a essência Aprofundo pormenores Para encontrar veios novos Emoções e sentimentos Que tenteiam o espiritual na carne Sem desalentos!
Polifonia de tons Tocando os pólos da diversidade Da leveza, beleza, profundidade Em excelsos sons!
Tocar os limites E fragmentar-me no labirinto Da corola bem urdida Vendaval ínterno Brisa forte que levanta os véus Da súmula essencial da vida Feliz conjugação do corpo e da alma Concentração exacta e íntima Na gravidade da forja Na leveza aquosa da vindima!
Jan.2012
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