
Dois pontos e um traço
Data 30/01/2012 01:39:41 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Dois pontos e um traço e começa a divisão no país das montanhas. Um talismã fantasma, escondido no arco iris espera o escolhido. Um apito do trem que corre tranquilo entre vales e montes acorda o rouxinol que entoa uma melodia embalando o sonho da menina cor de rosa que sonha com veleiros num manso mar azul.
Dois pontos e um traço e começa a confusão na selva de arranha céus. A emboscada armada para o vento da noite que fazia uma serenata à menina cor de rosa não surtiu efeito. Então surgiu a bruxa, a bruxa cor de cinza que veio do norte para assombrar os sonhos da menina que dormia ao som do vento noturno.
Dois pontos e um traço e começa o final do poema sem tema sem pé nem cabeça. A pena de aço, coisa tão antiga, que se usava então para escrever corre pelo papel usando tinta azul e maculando o branco de folhas tão limpas.
Na caixinha doirada cheia de tantos pontos, ponto de interrogação, de vírgulas, hífens, asteriscos e parênteses agora escolho um para terminar. Escolhi e pinguei um ponto final.
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