
[e sei dos oceanos, ]
Data 28/12/2011 03:56:47 | Tópico: Poemas
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Mas os meus sonhos, tantos, renascem no ocaso, e os luzeiros iluminam alguns pirilampos que dormem, e vejo os horizontes infindáveis, por esses mares desde sempre navegados, … e sei dos oceanos, e do amor em Paris ou noutro sitio qualquer, longe dos areais da taprobana, onde vi nereidas sem navegadores tecendo longos invernos, sacrificando andrômeda, … e conheço a revolução, fugi das cadeias, da tortura, libertei-me das amarras e do silêncio, saltei o muro e colhi gerânios floridos que ofereci a uma vidente de charuto, e os meus sonhos, tantos, renascem na saudade. … Canta a garça branca à beira-mar, enrodilha-se a espuma das ondas, e sei das partidas, algumas queriam-se breves, sem as iras dos deuses, e sei das chegadas a baías desconhecidas, onde o vinho cantava mais alto que uma alma cansada, … e sei da vida, e sei da [quase] morte, e de nada me serve conhecer a rota, se o furacão e a irritação do mar me afastam, do odor das madressilvas plantadas no teu jardim, e os meus sonhos, tantos, … adormecem-se então, nas manhãs escuras.
Um excelente 2012.
O Transversal “La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
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