
Ventríloquo da maresia
Data 29/10/2007 21:00:23 | Tópico: Poemas
| Esperei-te no cimo do poço inflamável, no eixo do desanimo da terra, no crepúsculo da solidão
Fiz-me ventríloquo da maresia traduzindo todo o eco revoltado e pelo cio dos eunucos fiquei sóbrio a latir uma música selvagem
Agora sou braço de amador feiticeiro mergulhado no próprio caldo.
Revoluciono as horas estáticas com o irreversível fogo do vento, pesado, claustrofóbico, sobre as colinas febris do fundo do meu abstracto-real
Os laços devolvidos a quem os criou resolveram a sombra do adeus… agora sim, escrevo para ti bucólicas dedicatórias de amor, com o revolver das folhas intimas apontadas ao meu dizer.
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