
A Balada do Incorrigível
Data 20/12/2011 02:07:02 | Tópico: Poemas
| Eu já não me importo, creio que nem mais percebo As punições que recebo A primeira vez é assustadora A segunda, um desafio Os outros números são apenas mais alguns escárnios e risos
Se já virou hábito ou tradição É algo encoberto de razão Razão um tanto diferenciada Da qual você está acostumada
Eu já sei o que me aguarda No final de alguma jornada E sempre valerá a pena Mesmo que isto arda (Quase uma nova alvorada)
São seus atos constantes que fazem valer a pena essa pequena dose De dor e satisfação numa entrose Que injetada na alma, se revela valorosa como pode
Quando, por fim, entenderá Que não há (quase) nada que me atrele ao seu mundo Que posso fazer tudo que anseio e me jogar até o fundo (Por que você irá me buscar apenas para me dizer alguns sussurros E então, involuntariamente, me deixará navegar até o mais distante mar ?)
Quiçá logo compreenda Que não consegue cobrir detalhes com qualquer emenda Que há alguém capaz de transformar em ruinas o que já foi lenda
Mas, como já dito, eu não me importo, não mais implico (Eu sou livre como a ventania) Sou indomável de um modo que você jamais imaginaria Sou insubordinável de um modo que jamais seguraria Foi erro seu acreditar que me iria me ter Foi ilusão minha acreditar que iria me render
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