
Bichos fingidos - Lizaldo Vieira
Data 10/12/2011 03:29:00 | Tópico: Poemas
| Bichos fingidos – Lizaldo Vieira Feitos bocós Com espelho Banana E bolo Fazem a todos de trouxa Cadê as jóias raras Que aqui estavam O ouro de tolo A PRATA dos dentes O diamante do dedão da rainha Pau Brasil que tingiu de sangue Os portos escravos ISSO TUDO Não foi só ontem HOJE E SEMPRE Se registra na história O santo do pau oco Inda continua exportando Para as ilhas paraísos São todas assim Missão cabralianas Chegam Ainda aportam Observam a terra virgem Cheia de índias e índios INGENUOS CURIOSOS Matas lindas Rios límpidos Oceanos pacíficos Tudo AINDA no lugar A te quando Quinhentos anos São poucos Surrupiaremos mais Inda resta bolo monte Velho Chico Ate a Amazônia virar cinzas A mata atlântica cair no pó Aja pampas Caatingas Serrados e serranias Ficaremos bem na fita No pior Vamos mudar o código florestal Porque a vida É assim Comida é capim Bebida é cabaú Progresso é pasto Enquanto a sacanagem ambiental Vai só navegando De uma vez por todas Em águas mansas Dilapidando as espécies Dos planetas brasis É a lei do bicho ridículo Fingindo o mais forte Homem dos trópicos Do vale tudo por dinheiro Mascarando Devassas estratégias Porque quanto pior MELHOR E assim vais armando Arruinando dissimuladamente O amanhã de gerações Redesenha-se Num tempo sem futuro E eu Que nada posso Apenas engulo a bucha de canhão Manchando as minhas faces Com lágrimas tingidas De descontentamento Por esse é o meu pais O meio ambiente Nossa bandeira Por quem um dia lutamos Em vão Chico Mendes E ecologistas no presente
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