
Desatinos da razão
Data 04/12/2011 15:02:03 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Desassossego-me na escuridão dos meus medos, Aperta-se-me o peito na ansiedade do nada, Pensamentos que se endurecem como rochedos, As noites carregam lembranças da amada, Dos carinhos passados, sussurrados em segredos E das mágoas que renasciam pela alvorada.
E os gritos soltos nas dores do entardecer, Recordam momentos de tortura e desencanto Que se agitavam nos desencontros do querer E onde devia sorrir o amor, acontecia o pranto, As emoções turvavam-se a cada amanhecer, A paixão e o amor perderam o seu encanto.
Perdem-se nas trevas do discernimento, A beleza de um viver pleno de alegria, Prefere-se o abraço duro do sofrimento, À razão afagada na doçura da acalmia, Desatinos da humanidade inconsequente, Que seria mais feliz, na ilusão da utopia.
José Carlos Moutinho
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