
O podre poder no caus da governabilidade - Lizaldo
Data 30/11/2011 21:58:25 | Tópico: Poemas
| O podre poder no caus da governabilidade – Lizaldo Eles e ales pedem Na época de cassa ao voto O povo vota Aposta no escuro Passa o cheque em branco Em nosso nome Vão governar Ganhar Crescer Subir Mais e mais O céu é o limite Logo cedinho enricam Montam impérios Miseráveis de uma figa Com bananas e bolo Enganam os tolos Fazem até juras de amor Ao pobre eleitor Coitado Pagador de impostos Acredita Que um dia será ressarcido Da corda no pescoço Da farinha com sal Do salário de esmola Lê do engano Tá com porcos na roça La está mais um saco de pancada Levando chucho Mente apavorada Bucho vazio é mau conselheiro Da bolsa família Não sobre vintém E a favela explode A divida na bodega também A agonia só aumenta Nenhum pensador Ao menos cigana Desdenha qual rumo tomar É jogo de um só time vencedor Vence o presidente Vence o senador Vence o deputado Vence o prefeito Vence o ministro Vence o governador. Enquanto o operário Agüenta uma vida sem causa E sem efeito. Feito objeto descartável Mal suporta desaguar as mágoas Num copo de pinga Num cabaré de sexta Ainda vem lorota Que nascemos pra isso Ser pobre Sofremos aqui Pra ganhar o céu por lá Tobias tinha mesmo razão Se os poderosos Os ricos Os direitos São sempre dos mesmos Então porque essa tal felicidade Aqui ou acolá Não chega para todos Porque tanta indiferença Com nós outros As pessoas do povo Que rala o sovaco Sobe e desse morro Engole o pão que o diabo vomitou Mora mal Como mal Dorme mal Nos barracos sem endereço Nesses becos E vielas Enquanto isso Apesar dos solavancos A cruz e a vela Cheias de boas promessas Podem-nos por calma Obediência São boas as providencias Por esperança De um punhado de vida no céu Pois o caminho da felicidade Cheio de liberdade e beleza Está pra chegar Quem viver Verá Dependera do bom humor dos mercados E do podre poder Do mundo do caos E a ordem só sugere Que alimentemos o hábito Do pedido de sorte ao bezerro de barro Desiludido Meu sonho De verdadeiro projeto popular De quebrar o pau da barraca Definitivamente vai pro beleléu Enquanto eu Feito bisouro Vou só rolando Levando a vida Do jeito que ela me levar
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