
Monólogo da minha estupidez
Data 29/11/2011 19:05:24 | Tópico: Frases e Pensamentos
| Neste instante, perdi a voz e calei o silêncio. Entrei em conflito com o meu pensamento, aquele que não me larga, que me abana a cada segundo, como o ponteiro dos segundos de um relógio que sacode o tempo. Vivo e sonho, numa realidade muito minha. Imperativo para mim não é entender o ser humano mas sim; aceitar! Contudo como em tudo na vida, existem limites, os meus limites, os limites do bom senso, o bom senso de estabelecer limites. E nas ondas dos limites, aquilo que não permito é a minha limitação, para alcançar cada patamar dos horizontes. Isto; nada tem a ver com patamares de grandeza ou vaidade, mas sim, patamares elevados no sentir e no conhecimento. O pensamento, contínua inquieto, julgo mesmo que jamais se calará! Pendura-se agora mesmo, numa réplica que anda muito em voga, simplicidade! Mas afinal o que é a simplicidade? Questiona o pensamento em plena ebulição, é não ter conhecimento? É vestir sombras? É andar de boca fechada em público e murmurar em sussurros ao ouvido de outrem nas costas do próximo… Poderei eu ser um bom ator se não conhecer as regras e as formas de representar? Mais uma vez eu digo ao pensamento: - Cala-te…não, vês que sim, que andam atores no palco da vida a representar melhor que qualquer mestre do teatro ou cinema! E agora começa a chover, não a chover água do céu…mas a chover relâmpagos azuis e cinza, flaches, desenrolados de véu transparente que esvoaça pelo meu pulsar…e digo ao pensamento: -Deixa-me gritar! Dizer tudo aquilo que penso nas entranhas do meu sentir! Aqui o pensamento, sacode-me a voz e prega bem fundo um suspiro de silêncio arrebatador…. podes gritar, explicar…podes mostrar até desenhar…os cegos não veem , os surdos não escutam e mesmo, os que contém, estas faculdades só as usam de livre arbítrio… E nesta viagem do pensar e questionar o pensamento, até mesmo de revolta e mágoa, prossigo sem amarras…fico no mais alto angulo da minha curta visão. E sonho que tenho alucinações, o pensamento verseja a realidade de imagens nítidas, que o imaginário mais criativo não consegue alcançar… E chega-se a este deambular a mente em palrear, fica atenta aos sinais, aos movimentos que rodeiam os passos da vida…claro que fico atenta, o pensamento não me deixa viver de outra forma, e eu apenas quero aceitar o ser humano. A mente gargalha bem fundo, não entendes mesmo nada: - O ser humano não quer ser aceite, quer ser bajulado. Quer dizer-se humilde e simples para do outro lado escutar és o maior, o grande e triunfante! Roda em velocidade estonteante, o pensamento e eu quase caiu estatelada no chão, e penso: - Não alimento o ego com elogios fáceis, e também não me derrubo com os julgamentos vulgares, de quem pensa saber o que na verdade desconhece! Depois aconchego num abraço o pensamento e a mente no meu colo, embalo o silêncio e canto, a melodia de uma harpa que habita no cerne…e assim em conclusão, ficamos a ver o mundo correr na presa de se afundar!
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