
Acordar da Manhã
Data 21/11/2011 15:12:14 | Tópico: Poemas
| Inconsciente mas ciente É o tempo Em que se abrirão as portas do futuro
(Varre-se-me da memória o espaço sagrado)
Descrente…mente Porque não sente Negligente… consente Mas não se sabe gente Vagabunda…esvai-se em pó
Visionária do mundo E crematória de um espaço nu Santificado lugar onde a alma repousa E nunca fica só
Selados os passos mas desnorteados pela estrada Sortilégios são esses momentos cárceres Nos horizontes perdidos dos meus olhos Por todas as horas passadas E por todos os dias transformados Em mediáticas figuras Sombras de um mundo Configurações obtusas à roda do imaginar fortuito A remendar o sonho
(Fragmentos transformados em fantasias reais)
Esse descuido meu Que me persegue enquanto cega Por corredores sombrios Esse nevoeiro a atafulhar o silêncio que me circunda Essa consciência acabrunhada Por não saber de criteriosos saberes Esse caminho onde me principio que desconheço É onde me leva ao encontro do latejar De todas as partes densas do meu corpo
Realidade presente a encher bolhas de ar No longínquo espaço Sumindo-se na atmosfera consistente Onde o pensar é improviso e enganador
O nevoeiro cai O dia renega a noite A mente aconchega-se e reparte a sua parte A névoa que se esvai Enquanto o corpo sustenta as novas partículas Com o sempre novo Acordar da manhã
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