
À moda dos passarinhos desta manhã azul clara
Data 12/11/2011 00:37:13 | Tópico: Poemas
| Insisto em escrever bobagens filosóficas Destas que me deixam enjoado Envergonhado De ter escrito asneiras assim Deste jeito tão meu Tímida violência Explosão de cores Sem formato algum Como galáxias
Enxergo nas palavras No formato dos versos Na inclinação das caligrafias Na aflição do poema por terminar No suor ao tentar encaixar palavras Motivo pra vida Essa evadida Que sempre me perde No meio da estrofe
Feliz doença Triste sina Ser poeta ao mesmo tempo Que me sinto tão criança Dizendo bobagens filosóficas Ao modo mais simples que posso Tão cheio de tudo Tão só com o mundo Como se alguém fizesse questão de saber disso Que todo mundo não sabe Que eu nunca sei Tão filosofia raté
Vivo angústia de apresentar-me ao trono Deste Juízo Final Que é a poesia
Mas sei bem Que é necessário ser covarde É preciso tremer diante das palavras É preciso ter medo dos versos Chorar com versos antigos Que faziam sentido E agora são saudades De infelicidade tão linda Que virou folha amarelada Dentro da gaveta Dos meus sonhos mal escritos Pela vida
Medo de ver meu rosto nu Em algum Canto Destas frases indecentes Que escrevo sem palavras E só existem em meus delírios
Estou com sono E algum Deus por mim respira Inspiração é embebedar-se até o Diabo
Sou místico e contemplo pássaros que inexistem Pois eles são mais poesia São um com o céu São música
Melhor ver o borrão Que formam as estrofes Nas páginas dos livros Que ler o que dizem os versos
Mas é possível os dois Quando se vive Essa agonia Por ainda ter alma Ainda ter Tempo De morrer no final do escrito
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