
Reminiscência de um crepusculo - Lizaldo Vieira
Data 08/11/2011 23:54:58 | Tópico: Poemas
| Reminiscência de um crepúsculo – Lizaldo Vieira Etá Solão tá se pondo Quese nem o vejo Se escondendo no beijo infindo Da mata atlântica Ainda bem Que deu tempo Voltei ao solo pátrio Á terra mãe Ao sol Ao berço que me pariu Deu-me luz E cruz própria Feito lanterna nas brenhas Na caminha escura Mas também régua e compasso Pra seguir viagem de enfrentamento Por estradas estranhas Tiranas Muito pedregulho Gravetos Mau tempo Tempestade Espinhos e poeira no saco Infortúnio Parecendo inicio sem fim Na longa caminhada Vida afora Enfim Cá estou de volta Pra casa Pro velho aconchego Metendo Batendo com contentamento Com a cara no passado Quero bater na porta Abrir janelas da tapera Testemunho ainda vivo De uma história de vida Que o tempo não apagou Tudo parece desoladamente me esperando Como quem diz Vem Bate na velha porta Adentrar nas ruínas São as mesmas coisas Velhas coisas Mesmas características De Volta o trailers Imagens Sinopse A história Com detalhes de mim De minhas coisas De minha gente Que não morrem To de volta Pra cantar minha terra Enquanto a peça roda viva estiver ensaiando Nova peça Novo espetáculo em velho rancho Meu amado chão Cheiro de cantinho do mundo Esquecido Acanhado Calado Escondidinho no véu branco Do pendão canavieiro Tudo isso é reminiscência do útero materno Da terrinha que sacudiu para o mundo Os bordados de renda irlandesa As telas de tinta de ouro De Jenner Augusto E que Jamais em nenhum dia Por alguma obra do destino Vamos esquecer ao pátrio paraíso De volta Mas sem medo dos segredos Nem os traumas das surpresas Então Que seja assim meu velho oeste Do cabra da peste E da mulata do condor Que não se acabou Tudo por aqui Tão velhinho Rústico Empoeirado Na lápide dos meus instantes mais difíceis Cruéis Mais felizes Cenário Filme Com infinitos episódios Iniciados a cada momento Quando retorno Com o bastão da vitória Sofrida De filho prodigo Em retorno ao velho ninho
|
|