
Vidas solidão - Lizaldo Vieira
Data 22/10/2011 21:54:37 | Tópico: Poemas
| Vidas solidão – Lizaldo Vieira Não Não Não é real Tudo pedeu o jeito O aconchego A beleza A vida O calor A natureza Não é a mesma praça A gente não é mesma A cidade não é mesma Nem o mesmo jardim da dinda é o mesmo Tudo feio Calado Ruivo Sem vida Tonta e zonza Bronze no zinabre Panorama de vidinha faroeste Muito tranqüila dos filmes de época Escondidos na erva daninha No nada Ruas feias Olhares desconfiados Ao cavalheiro desatento Não basta um olhar sobre monaliza empoeirada Na sala de estar Num estado de silueta Preponderando a aparência de uma magestade De aparencia morbida Sorriso amarelo Tempo empoeirado Lustres encobertos Por teias de aranha A velha mobília Comprada a peso de ouro Nas casas Bahia Vive apenas uma em relicário Do entardecer lindo Que teima em não se por Um cantar solitário Do pássaro acauã Sobre a paisagem desolada De tudo Do nada Toda desbotada Paredes descascam feito pele de lagarto Ao alvorecer da primavera O jardim deu-se por vencido Perdeu saudáveis aromas De jasmins e sorriso s A cor do telhado tornou-se menos nítida O tempo cuidou de desbotar sua silhueta Vi em tudo Perder a cor Ate mesmo o brilho foi-se com o tempo. Esmoreceu-se da vitalidade Desvaneceu a alquimia De e certos Estamos curvados Ao mundo eletrizado E aos prazeres vazios De sonhos Afogados em tonalidades cinzentas
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