
[A Bordo de Tuas Lembranças ]
Data 18/10/2011 05:50:00 | Tópico: Poemas
| [Cadernos do Fim do Mundo]
Pisando a claridade coada da copa de altas árvores, os meus passos me levam pelos caminhos das demolições... velhas casas; velhos muros; casarões de imigrantes; fábricas velhas; bares antigos; aleijados vendendo a sorte grande, aquela que mais lhes faltou; putas, as de sempre, novas ou velhas putas [de tanto não entender os homens, nunca, nunca entenderei algo tão simples como o ser puta... rendo homenagem ao que não entendo!].
Em tudo e por tudo, [o que isto quer dizer?!] sonhos não mais —, apenas um cansaço que vai até a raiz dos meus cabelos.
Parto. E se não tenho, nunca tive, a posse de mim, como poderia ter a posse de ti? Absurdo é o amor...
A minha barca já vai partir, é o fim do [meu] mundo, mas estarei com certeza, a bordo de tuas lembranças!
____________ [Penas do Desterro, 01 de setembro de 2009]
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