Não por estar mas por ser em mim e nos outros, que não olvido, é que eu vivo uma concreta realidade, que se faz através de gestos e
de palavras, que têm o alcance do meu coração. Brando ele é, assim como num leve bater de asas, de uma borboleta, em plena liberdade.
Tudo que faço e não faço, é no querer bem, dos que me estão próximos, por isso existo e persisto, neste meu ser… até mim.
E neste meu descer, até quem eu sou, está aquele que ama, sem sentimentalismos, mas com uma verdade, que se presta a alguma coisa.
Nada em mim nasce do acaso nem da vã ilusão, ou simples quimera, pois todo eu sou coisa tosca, como uma pedra, que se reparasse,
por estar ali e ser em si mesma, a pedra, que do chão aos olhos, realidade se fizesse: e já não coisa rude, mas existencial, formando um todo, com corpo.
Assim sou eu, aquele, que, por haver, é e subsiste, e em tudo o que vê, beleza e real valor atribui, por mais pequenas, que as coisas venham a ser.
Jorge Humberto 12/10/11
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