
Abnegado.
Data 06/10/2011 23:00:51 | Tópico: Poemas
| Abnegado Odre danoso onde Guardas meu destino O que tentei em vão Enfeiou-se a beleza Envelhece a juventude Empobrece a riqueza E agora na hora péssima A libido súbita foi-se Qual meu signo hora perdida Lassidão sopra meus ouvidos Que desavirá O que vai ser sem mim Pobre verme a sonhar Qual noite na varanda ventará O trapo forrado à míngua O tempo empoça insípida Quero café na cama Quero-a na janela Vendo-a sussurrar Aqui nada acontece Eu aqui a clamar Trás tempo tudo que eu possa usar Não demora vem de pressa é chato esperar Tudo queria agora comer Tudo agora beber A espera lenta escora Represam o projeto Retardam o propósito Retendo o desejo eu grito Raiva rancor estorvar Demoras por quê? Estou pronto! Que entrem as messalinas Não compreendo aos templos blasfemo Moribundo mirando a ampulheta ódio Quero comer tudo Beber tudo Nada deixar pra trás Lacinante impaciência Que um dia trasborde tudo Não falte nada Nem mel Nem azeite Nem ela Nem Isabela Estou farto peito esvazia Insulfla-me lascívia Preenche minhas entranhas Em mil beijos suculentas piranhas Causa-me precipita-me afeta-me Enche-me e nunca sacia Ass, Biosas
|
|