Ah, saudades, só do presente e do que tenho, porque o que já foi meu, não é mais saudade, mas uma realidade, que foi vivida, a seu tempo.
Por isso vivo no agora, festejando a vida e a natureza, onde os meus olhos se perdem, entre o céu e a terra e o mar, no seu fluxo e refluxo, das marés.
Não tenho saudades de ter saudades, pois a cada dia, que passando vai, a saudade é somente o que tenho a haver, por minha vontade indómita, sem qualquer
algoz ou correntes, nos pulsos, que me façam regredir no tempo – esse impostor; porque quem vive do passado, passa a vida a olhar para trás, com pena de si mesmo.
E em águas mansas, corre o rio, de meu viver, procurando a foz, seu intuito. E da linha do horizonte (janela aberta), nasce-me a emoção, de mil sóis despertos.
E no rebrilhado, que deles emana, jardins se engalanam, das mais lindas flores, que no presente, eu vou colher, com a alegria, de já ter havido, qualquer coisa.
Jorge Humberto 29/09/11
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