
Despia-se no templo da Mona, onde o altar é um espelho
Data 28/09/2011 18:48:04 | Tópico: Poemas
| Despia-se no templo da Mona, onde o altar é um espelho E as vestes puídas tombavam-lhe dos ombros, Ao fundo, bem ao fundo, um povo cigano Eternamente amaldiçoado pelo pecado original Vagueia, ainda hoje, alimentando-se do roubo E da caridade dos felizes para com os seus filhos Deliberadamente estropiados;
Alimentou-se do sangue dos pobres e dos nobres, Lembrando que um dia na história foram os mesmo;
Contemplou a vontade, tão mísera e impotente, Submetida a uma outra … incógnita, irredutível;
Mas quando à noite recolhe ao seu leito Beija, submissa, os pés do seu marido Alguém a prevenira para o abismo que se abre, Quiçá em cada milénio, ou cada vez que o Equilíbrio cósmico é perturbado…
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